segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não adianta. Às vezes você acorda, e o mundo parece não te agradar. Você sente necessidade de quebrar algo. Começa com um lápis, um papel rasgado. Não serve, você continua com raiva, e não sabe do quê. Você tenta escrever e quebra as frases no meio. Você queima o arroz, derruba o copo, grita com seu cachorro. Mas na hora de falar com alguém você simplesmente sorri.
Você bebe, você fuma, você dorme. Nada.
Você procura outras coisas pra quebrar. O tímpano do seu vizinho por exemplo.
E você acaba quebrando as coisas erradas. Pessoas.
O menor motivo já é um motivo pra você fazer elas se sentirem mal.
Você ataca todos. Começa a perder os motivos. Você tem vontade de gritar.
Após um dia exaustivo, você chega em casa, tira o tênis no caminho pro banheiro, joga água na cara e olha no espelho. Aí finalmente você fica puto com a única pessoa que mereceu no dia. Você.

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