terça-feira, 5 de outubro de 2010

Poeira e Pó

Andava pedindo socorro
Vagando por becos escuros
Desenhando em ruas e muros

Meus gritos são sino de ouro
Ecoando por ouvidos puros
Cavando buracos a murros

Já meu choro é todo sujo
Deixa marcas pelas rotas que fujo
Minhas lágrimas, pistas de onde passei
Para que me siga o exército do rei

Minhas pernas tremem atrás da porta
Abro e caminho, tremendo, a boca torta
Enquanto a forca se aproxima
Sai da minha garganta a última rima

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